domingo, 14 de fevereiro de 2010

Garota de Ipanema


Ela andava tão segura de si
Aquelas orelhas e a saia que ficava mais comportada pois ela tinha colocado uma meia.
Ela podia ser qualquer coisa, até a pirata da foto.
Uma pirata fodona!
Aquele vento, e todos aqueles caras. Ela só olhava e ria
Nem sei do que ria, devia ser de nojo.
Sozinha, naquela calçada imunda, naquela fila gigante de volta pra casa no busão-carnaval também pode deixar as pessoas alteradas quando significa um lugar naquela minhoca infernal.
Puxou papo com um cobrador, falou umas gracinhas- já tá íntima dele, de tanto andar por aí.
Em casa não tem nada
Não tem pais, só aqueles cachorros que desde os 7 sacodem o rabo pra menina que não é de Ipanema.
Perambula por aí, aproveita sua sorte gata

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