quinta-feira, 17 de março de 2011

Macabéa


Macabéa nasceu com nome de flor, daqueles difíceis...científicos.
Flor de detalhes simples e beleza oculta - profunda como um pires (de porcelana chinesa).
Macabéa- flor da minha vida! - inocente e súbita.
Foi-se

Breve suspiro!


quarta-feira, 16 de março de 2011

Exorcismo de mim,o demônio sou eu

Quero escrever pra tudo o que eu sinto agora grudar nas palavras, e as palavras grudarem na tela, e daqui não saírem, pra ver se eu paro de sentir essa dor aguda, sem nome e sem motivo de ser.
Fico revivendo aquela sensação de cair em um poço de cem metros, e depois resurgir em pé do lado de fora, só pra cair novamente.

Lei natural disso e daquilo tudo mais no universo

Nascemos e morremos.
O que acontece entre os dois fatos é apenas um acidente...
Nascemos e morremos sozinhos - há pessoas que vivem sozinhas também, se acidentam por sua conta e risco.
Durante o percurso acumulamos tanta coisa, que deveríamos ser parados por excesso de bagagem, mas
Nascemos e morremos sozinhos e de mãos vazias!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Agonia

Odeio tudo que morre aos poucos, que perde o fôlego - sobrevida.
Dói tanto que me dá vontade de esfaquear, esquartejar logo, pra ver o sangue jorrando e ter certeza do fim absoluto.
Que coisa estranha que eu sinto, tão estranha que não dá nem pra chamar de sentimento.
Parece que eu acordei no meio de uma realidade paralela onde essa vida não é mais a minha...
Eu só quero ver o sangue jorrar e ter certeza da morte, porque sinceramente, morrer aos poucos não é pra mim!

Minha lucidez é um fio solto

domingo, 6 de março de 2011

Do exercício literário

Escrevo porque respiro.
Escrevo porque tenho vísceras indignadas e, se não o fizesse, palavras engasgariam em minha garganta e meus dedos se atrapalhariam confusos.

Escrevo porque respiro - ou respiro por que escrevo?

Escrevo porque o mundo me interessa; as pessoas me interessam; o que sinto, o que penso e o que pulsa e o que sublima também.
Escrevo porque quero dar pistas, deixar rastros de mim, já que caracol não posso ser. Se caracol fosse, apenas me arrastaria, lamberia o chão e enxergaria com antenas.

Escrevo movida pelo mal pertencente a todo escritor, de querer que o entendam, que o decifrem, que compreendam suas palavras e pensamentos. Que o julguem culto, misterioso, sexy - escrevo por puro capricho!