quarta-feira, 11 de agosto de 2010

De perto ninguém é normal!




Mary é a gordinha tensa- vítima de pais ausentes e brincadeiras abusivas no ambiente escolar.
Insatisfeita com sua aparência e sem amigos começa a se corresponder com um quarentão de Nova York.
O tal quarentão é apaixonado por chocolates mas frequenta um "comedores compulsivos anônimos" (Gordo Anônimo não existe, pelo amor de Deus!). A dificuldade de expressar emoções e realizar tarefas normais, como interagir com outras pessoas é classificada como um tipo de autismo, que não interfere no campo cognitivo mas torna Max um 'incompreendido'

A menina decide estudar aquele 'tipo' e acaba numa de querer curar o amigo que se acha completamente normal- mais ou menos o que aconteceu comigo quando eu atendi uma mulher esquizofrênica e a filha deficiente auditiva em um balcão de atendimento social.
O mais complicado é tentar entender como a pessoa vive e interpreta o mundo e a realidade e acabei tentando 'entrar' na cabeça da mulher.
Me soou como um filme de terror, onde não há possibilidade de cutucar a pessoa e dizer "acorda, tá tudo bem, você é louca e as pessoas que falam com você só existem na sua cabeça!"
Como ajudar o portador de sofrimento psíquico sem entrar em sofrimento também?
Quem cuida desses profissionais? Questionamentos que eu me faço como estudante.
Esse é um filme pra educar pessoas - uma animação sensível, pra quem curte cinema e gosta de gente.

Devo agradecer a Prensada pela dica - não podia deixar de comentar aqui também, uma animação pra 'gente grande' (que continua sendo pequena convivendo com medos, perdas e crises)

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