segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Meu "happy ending"
Andando pelas ruas, escovando o dente
Amarrando o cabelo displicentemente
Lendo um livro de crônicas no tumultuado ônibus que sai do Centro em direção à seu apê no subúrbio.
Mentalmente toca aquela música do Paul, 'Another Day', sabe?
Dia após dia, movimentos repetidos, frases iguais
Se sua vida fosse um filme ela estaria sendo obervada por alguém de olhos marejados e coração piedoso e o espectador aprovaria a música, se sentiria solidário e acabaria por se apaixonar.
Sua rotina então, pareceria encantadora
À Stella
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Sete anos
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Gold Fish
Oh my love, my gold
Can you see my heart, my soul
I know that you dream about it
Come and find your way
To remind me everyday
That I have to compromise
Oh my heart, my precious night
Will you hear me call you everytime
I know that I just have to slow down
Oh my love
Can you find my heart
Don´t you know, that It´s true
All this love, I saved for you
Alice em um mundo bizarro
Definitivamente esse mundo não a pertence.
Ela não faria questão de possuir um mundo bizarro.
Alice está há 254 dias sem tomar o chá, e sua mente fértil já não processa as informações.
No mundo bizarro onde foi parar é assim:
Cada coisa não está no seu devido lugar;
e tudo o que é, não é, na realidade;
tudo que é certo parece ser errado;
e o errado é comum.
Estranho mundinho esse, Alice.
Te desejo calma e sorte
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Adeus ano velho
Então é isso
2009 se resumiu a:
Algumas viagens;
Empregos novos;
Algumas separações;
Amigos novos;
Novos cortes de cabelo;
Alguns kilos a menos, depois a mais;
Alguns vícios adquiridos;
Músicas cantadas repetidas vezes como um mantra.
Desilusões e alegrias postos na balança, 2009 foi o ano cabalístico
Tantas mudanças, tanta gente passando e outras chegando, tanto sentimento ao mesmo tempo, tanto filme, tanta cerveja, tanto estresse.
Quantas vezes eu falei "vou largar essa porra toda!" ?
Quase fui, quase peguei o ônibus, quase que eu mudo minha história- faltou coragem, ou sobrou bom senso.
Essa foto aí é do meu arquivo pessoal.
Pra encerrar ( o post, não o ano) fica um trecho que me cabe nesse momento
"Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras" Adriana Calcanhotto
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Fazendo a empalhada
Divagando sobre assuntos aleatórios, que passam pela minha mente tão rápido que eu mal posso agarrar um e escrever algo que preste, criei uma nova gíria.
Gíria dos tempos modernos. Tempos modernos? Em algum ano a.C. deviam dizer que era um assunto moderno também.
Viver em sociedade é um baita desafio. Saber calar, falar, agir e estagnar nos momentos certos é pra gente sensível, gente que acima de tudo respeita o próximo e tem o mínimo de inteligência social pra saber que seus direitos terminam onde os do outro começam.
Então a gíria é pra você, bicha rústica, que mesmo morando na selva de concreto tem que fazer a empalhada.
Fazer a empalhada não é se omitir, mas saber a hora certa de dar pitacos e bancar a louca... é uma releitura do bom e velho "manda quem pode e obedece quem tem juízo".
E eu, que sou menina ajuizada, vou fazendo a empalhada...
Eu, como amante dos hábitos e gostos estranhos, adoro taxidermia, a arte de dar forma as peles.
A saga da mulher polvo e outras histórias
Acho muito chata essa obrigação de evoluir, entrar pra drenagem, começar a dieta ortomolecular que vai deixar você igual ao Cazuza no final da doença.
Saudável é ser feliz, fazer o que te dá prazer. Sair dos limites faz parte, é a grande aventura.
Parte desse texto é pelo fato de ter cansado de tudo isso, toda essa falsa concepção de beleza e a valorização de algo que nem mesmo importa. A casca é só a casca, ou você guardou todos os seus brinquedos na embalagem?
O divertido era rasgar o embrulho, a caixa, brincar e descobrir as milhares de utilidades.
O divertido mesmo é rasgar o embrulho das pessoas, descobrir o que tem por dentro, qual a surpresa do Kinder Ovo.
E nessa brincadeira eu já achei tanta coisa! E a gente vai aprendendo a lidar com as nossas dificuldades e as alheias, nossos pontos fracos e os calos que não devemos pisar.
Por isso admiro mulheres, artistas, como a vocalista incrível do The Gossip-mulher de colhões.
Acho que ela concordaria comigo
sábado, 14 de novembro de 2009
Restos de sexta feira 13
Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
700 ml
Alguém pra dividir o milkshake.
Quando ela fez o pedido caía uma chuva louca
-O grande.
Pensou que o grande era do tamanho de sua fome.
Ninguém precisa de 700 ml de sorvete, com sabe-se lá mais o que e gordura trans. Só se tiver alguém pra dividir.
Aí sim, começa a fazer sentido. A economia, a psicanálise, e tudo o que você nunca compreendeu.
Mas tá divertido assim, ela sempre arruma um jeito de ser feliz. Quando o domingo à tarde começa a se transformar em segunda feira típica de ressaca e chefe na cola, mude sua percepção ou mude alguma coisa na sua vida
O mais importante não é dividir o milkshake, é saber que a gente dá conta de tomar tudo sozinha
sábado, 7 de novembro de 2009
Da liberdade
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Canto de Ossanha e aulas de educação sentimental
Meu professor, aquele cara baixinho e magrelo, cabelo lisinho e grisalho- aquela cara de garoto, olhos pequenos que se contraem ainda mais quando ri. Uma graça.
Me faz lembrar daqueles meninos com camisa da seleção, jogando bola na rua, ou pipa na mão tentando empinar.
A aula veio no momento certo, falamos de amor, paixão e tudo mais que envolve esses dois sentimentos.
Depois de perguntar qual era a diferença entre paixão e amor ele explicou:
- Amor a gente sente no peito, é aquela dor, aquele aperto. Paixão é no estômago ( e eu comigo mesma: "ou será um tiquinho mais embaixo?)"
Após grandes ensinamentos e reflexões pessoais, ouvi o segredo: liberdade e compromisso. As bases de qualquer relacionamento.
Se a paixão vira amor, e o amor compreende liberdade, basta você se comprometer e deixar o outro voar livre.
Tem coisa mais linda?
"O amor só é bom se doer" Canto de Ossanha
Porque se não doer, não é amor.
Ah, o verão...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Amuleto
Carrego comigo bem juntinho ao peito, é o que de mais precioso tenho
Impossível explicar, verbalizar o que eu sinto por certas pessoas
Agora eu tenho certeza que você sabe e isso acalma meu espírito
obs.: Sou tão sortuda, pelo caminho vou tropeçando em pequenos tesouros!
Obrigada pela compreensão e por toda a liberdade que você me faz sentir
domingo, 25 de outubro de 2009
Destino- O sábio sacana
e pé, chorando de soluçar por um produto da prateleira que sua mãe disse que não, era muito caro ou qualquer outra desculpa que a gente nunca acha plausível.
Depois que a gente cresce percebe que aquilo não ia nos satisfazer, que era um capricho ou uma vontade louca de algo e saber que não se pode ter só nos faz querer mais.
O destino é assim, um sábio sacana. Como na situação do supermercado, quando ele diz que 'não' e a gente bate o pé, mais tarde a gente cresce e percebe que ele não poderia ter sido mais justo.
Desejo pra você as melhores coisas, as melhores noites, com as melhores mulheres.
O destino foi mais sábio que sacana comigo.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Sou minha, só minha
sábado, 17 de outubro de 2009
Faço parte dessa guerra
Infelizmente eu faço.
E infelizmente eu assisti a essa guerra da janela, nem precisei ligar a tv.
Tô com aperto no peito, de saber que é daqui pra pior. Porque eu fiz meu papel, liguei para o 190, comuniquei desesperada o que eu via, só pensando nas pessoas que estavam ali dentro, sofrendo e precisavam de socorro rápido.
Infelizmente dois morreram e um está em estado grave. E a população sem seu direito de ir e vir, mas tudo bem, afinal...até 2016 o Rio se ajeita, se camufla, esconde todas as suas mazelas pra de baixo do tapete.
A gente concorda em sofere calado, com nariz de palhaço e caipirinha na mão pra oferecer pros gringos
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Silêncio subaquático
terça-feira, 13 de outubro de 2009
A lesma e seus ensinamentos
"Quero ver se ainda tem recheio de verdade ou se é só maldade nesse coração.
De tanto somar bobagens e besteiras nós no fim subtraímos o principal.
Que acabou sendo esquecido nessa ânsia de chegar aos noves-fora do final.
Que acabou sendo esquecido nessa ânsia de chegar aos noves-fora do final.
Provavelmente esmagado como tantos e entretantos nessa pressa industrial.
Hoje em dia o principal é ser veloz, acelerando, atropelando a emoção.
Falso-riso amarelengo, zombadeiro, pá-virada, encarquilhada solidão."
domingo, 11 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Bizarro mundo de Diane Arbus
Com suas lentes registrou o que a sociedade finge não existir: aberrações da genética, travestis e etc.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sobre ser forte e ser feliz
Aprendi que sou forte
Suportei dores que nem morfina na veia fez efeito
Senti que a queda no poço era mais alta do que eu calculei
E eu pedi pra chegar logo no fim, mal sabia que não era nem o começo- a jornada mais exaustiva estava à caminho
Andei longas distâncias, trabalhei duro
Achei que nada ia ser recompensado
Mas segui, mesmo quando num lapso eu quase chutei o balde e fugi pra uma cidade não tão distante
Finalmente conheci a felicidade, nas pequenas coisas, gestos, raios de sol entre as nuvens, a muda de ipê que cresce, o planeta que magicamente gira
Ser feliz é uma arte, um segredo que eu carrego, e que é intransponível, porque cada um deve achar em si o seu potinho com estrelas coloridas
Da angústia
Naque momento senti que meu coração iria estilhaçar em milhares de padacinhos.
Sim- ele morava em um carro
Eu passava por ele todos os dias, à caminho do meu apartamento confortável e o café sempre forte.
Mas ele morava em um carro- e eu, fiquei absurdamente transtornada com o fato
Algumas coisas apenas não fazem sentido para mim
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
Receita minuto
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Nossa vida não cabe num Opala
Não procure me entender também
Eu sou aquele gato pardo no muro, igual a todos os outros gatos à noite
Eu sou pipa avoada, meu bem
Não espero ninguém que caiba no meu sonho
Eu e o meu jeans surrado, meu cigarro amassado e o perfume de "flor que não se cheira"
Não espere nada de mim
E o que vier... é lucro
"Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade-Pra essa gente careta e covarde"
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Sobre o tempo
Te segurei porque te quero como amigo
Quero realizar os sonhos e sonhar mais
Quero tardes infinitas
Ler todos os livros da minha lista, e ver todos os lugares, sentir todos os perfumes
E que o bar não feche, a cerveja não esquente, os amigos não mudem de cidade ou arrumem empregos que sugam a alma
Que minha pele permaneça sem rugas, só marcas de expressão de tanto rir, chorar, chorar de rir e rir de tanto chorar
"Só me derrube no final"
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Somatizei
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Afetos
A justiça
Endereço inexistente
domingo, 6 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Ipê roxo
Passava a mão na chave, antes disso ela já tinha vestido as meias, ao mesmo tempo que via o jornal da tarde e prendia o cabelo num coque.
O dia era fracionado em trinta minutos. A cada meia hora ela realizava um pequeno fato insignificante. Atrasar-se na primeira meia hora significava um dia todo de atrasos.
Corria de um canto da cidade à outro, ainda assim tinha tempo de ver poesia em ruas feias do subúrbio.
Ela tinha um brilho diferente nos olhos e não era por causa dos óculos.
Talvez ela fosse essencial para ela, pros cachorros e pra mudinha de Ipê roxo.
A mudinha de Ipê certamente murcharia se ela fosse embora e não resistiria a uma viagem interestadual.
Decidiu ficar.
sábado, 29 de agosto de 2009
Dos esforços incansáveis
O peso do corpo todo apoiado em dedos frágeis e calos
Mas tudo o que eles vêem é o par de sapatilhas e a leveza da bailarina esguia que faz todos os movimentos parecerem naturais
"Eu sou uma bailarina e cheguei aqui sozinha
não pergunte como eu vim
porque já não sei de mim"
- A bailarina e o astronauta
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
I'll put a spell on you
Ela criava lagartas quando era pequena. Talvez por isso tenha achado que podia fazer o mesmo com pessoas.
Informou de que lhe daria sua poção e depois de ficar bem pequeno iria colocá-lo num pote de vidro.
-Mas por quê?
-Porque eu quero ver todos os seus movimentos, te ver sorrir e observar as pequenas covinhas do seu rosto miúdo aí dentro.
O que ela queria era deixar o pequeno homem cativo de seu afeto.
Suplicando e tentando convencê-la do contrário ele disse:
-Isso não faz sentido, me deixar preso! Só faz sentido se você ficar presa no pote também.
A idéia do oxigênio racionado a deixava tonta.
Era uma menina-uma menina com idéias estranhas sobre o mundo. Lhe deu a poção e com cuidado o escorregou pra dentro do pote.
Na estante, entre os livros de contos e bruxaria ele permanecia imóvel. Providenciada a mudança, foi para perto dos livros de aventura, ela achou que eram seus preferidos e entre índios americanos e guerreiros com brilhantes elmos ele finalmente sorriria (ela podia observar aquelas covinhas por horas...).
Entretanto, o homenzinho cativo de seu afeto ficava cada vez mais abatido. Não criou asas coloridas como as da lagarta.
Com o coração apertado ela o libertou, percebendo que gostava das pessoas assim, livres- para que voltassem...se quisessem.
Inspirado em: http://www.youtube.com/watch?v=YBoSShUFdHw